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Como se transformou, em 50 anos, a Endutex numa empresa de referência não só na área dos têxteis, mas também no imobiliário e hotelaria? Explicamos de seguida.
A Endutex Revestimentos Têxteis faz parte do Grupo Endutex SGPS e foi fundada em 1970. Especializada, desde a nascença, em revestimentos têxteis em PVC, PU, acrílico e silicone, cultivou desde o início uma estratégia de diversificação com foco nas necessidades do setor automóvel, impressão digital, arquitetura têxtil, entre outros. Atualmente, o Grupo Endutex SGPS tem atividade não só neste setor industrial, como na distribuição, na produção energética (cogeração e fotovoltaica), imobiliária e hotelaria (em Portugal e no Brasil com os hotéis MOOV).
Vitor Abreu, CEO da Endutex, não tem dúvida sobre os fatores diferenciadores do grupo: “Forte componente de inovação técnica, competitividade e diversificação de produto/tecnologias de produção.” São estes que lhes permitem ser “uma solução para os problemas dos nossos clientes, devolvendo respostas completas e rápidas aos desafios que nos são feitos. Queremos também, em função daquilo que é a nossa perceção, responder às necessidades futuras deste mercado”, revela.
A possibilidade de fabricar artigos até cinco metros de largura é um elemento diferenciador, principalmente nas áreas de impressão digital, arquitetura têxtil, ecrãs, etc. Nas larguras inferiores, têm igualmente uma componente de inovação, no setor de vestuário de proteção e automóvel. “A introdução da largura de cinco metros foi um marco importante no nosso portefólio de produtos. Mais recentemente, o forte desenvolvimento de soluções alternativas ao PVC tem permitido reforçar a diversificação e o alargamento de toda a nossa gama de têxteis técnicos revestidos”, acrescenta o CEO.
A resiliência do grupo está assente na sua capacidade de ultrapassar os obstáculos que se colocam às atividades industriais, ao desenvolver novos produtos e áreas de negócios e no investimento em I&D, para que o seu produto seja diferenciador. “Em termos industriais estamos a aumentar a nossa capacidade produtiva com a introdução de uma nova linha de laminação.” Este investimento mais recente foi motivado sobretudo pelo negócio de EPI/vestuário de proteção médica que registou um enorme incremento na fase aguda da pandemia.
O CEO da Endutex acrescenta ainda que, para acompanhar o crescimento da empresa, há a necessidade constante de requalificar os seus recursos humanos através de formação interna, bem como através das novas admissões, que levam em conta os requisitos associados à crescente penetração tecnológica e setores em que mais trabalham.
A Endutex tem trabalhado para diminuir a sua pegada ecológica, não só nos processos de produção, na diminuição do consumo energético e na geração de resíduos, como através de um forte investimento na geração de energia e nas energias renováveis, através de painéis fotovoltaicos e de uma central de cogeração (geração de energia com respetivo aproveitamento de calor na tinturaria). “Em termos comerciais, o desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, quer a nível do suporte têxtil quer no revestimento, é uma das nossas principais áreas de I&D, correspondendo assim aos crescentes requisitos comerciais dos nossos clientes”, diz Vitor Abreu. “Temos práticas de reutilização implementadas nas situações em que seja de facto possível adoptá-las, como seja a reutilização de pastas sobrantes. Infelizmente, a tecnologia de revestimentos têxteis tem limitações no reaproveitamento de resíduos novamente no processo produtivo”, lamenta.
Há ainda o desafio de manterem a competitividade num mercado global, onde as regras “regionais” nem sempre são compatíveis. “É uma luta injusta e desigual onde, por um lado, referem que estamos num mercado global e depois estabelecem regras ‘regionais’, sem a coragem de estabelecerem mecanismos compensatórios do esforço adicional pedido às empresas com as metas de sustentabilidade propostas. A UE já deve ser a zona geográfica do planeta que menos ‘polui’ e, mesmo assim, continuam a exigir que reduzamos mais para compensar o que outras zonas geográficas se recusam a fazer, esquecendo os custos que isso representa e a quebra de competitividade. É preciso ter coragem para discutir isto em todas as suas vertentes”, afirma Vitor Abreu.
De qualquer forma, o caminho é para ser feito e a Endutex pretende continuar a ser uma empresa com um perfil inovador, profissional e a merecer a confiança dos seus clientes. “Somos ambiciosos, queremos fazer mais e melhor, tornar a Endutex na empresa líder desta área a nível mundial. Em termos comerciais queremos prosseguir a nossa estratégia de internacionalização”, conclui o CEO da empresa. Os projetos cofinanciados jogam um papel importante neste sentido, pois, não só alavancam a decisão de investimento como também viabilizam muitas vezes o resultado da análise efectuada ao binómio investimento/risco assumido.
Localização da Sede: Vilarinho (Santo Tirso)
Fábricas/Área de Produção e Local: Portugal + Brasil
Quantidade de Produção/Ano: Endutex Revestimentos c. 15 a 16 milhões de M2/ano; Endutex Brasil c. 7 milhões de M2/ano
Peso das exportações em % do VN: em períodos “normais” a End Revestimentos exporta 80% da sua faturação
Volume de negócios: c. de 93 milhões de euros
Países com presenção direta: Portugal, Brasil, Espanha, Alemanha, Polónia, República Checa.
Principais Mercados de Exportação: Espanha, Polónia, Holanda, Reino Unido, França, Brasil, EUA, México, Alemanha, Itália, Bélgica, República Checa, Noruega, Dinamarca, Bulgária, Suécia, Nova Zelândia, Finlândia, entre outros.
Previsão do Volume de Negócios para 2021: End Revestimentos: 37 milhões; Consolidado: 100 milhões
Nº de Empregados: End Revestimentos: 227; Consolidado: 725